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Educação

Ano letivo 2023/2024: professores deslocados "pagam para trabalhar", denunciam sindicatos

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Ano letivo 2023/2024: professores deslocados "pagam para trabalhar", denunciam sindicatos

Na semana em que começa o novo ano letivo há "quase três mil professores colocados, a maioria contratados, em resultado da segunda reserva de recrutamento, mas as escolas ainda têm cerca de mil e 300 horários vazios. Sindicatos alertam que os professores deslocados têm "imensa dificuldade em encontrar alojamento" e nalguns casos "pagam para trabalhar".

Depois de, na semana passada, terem sido colocados perto de três mil docentes, a segunda reserva de recrutamento permitiu às escolas preencher outras tantas vagas. No total, foram colocados 2.924 professores. “Foram colocados 2.355 contratados e 589 professores do quadro”, explicou o professor Arlindo Ferreira, especialista em estatísticas da educação.

Não foi, no entanto, suficiente para colmatar as necessidades dos estabelecimentos de ensino e, à data, havia ainda cerca de 1.300 horários em contratação de escola, o último recurso disponível para a contratação de professores.

apesar de ainda existirem horários por preencher, os professores colocados fora das suas áreas de residência deparam-se com "grandes dificuldades em arranjar alojamento" ou têm de "pagar para trabalhar", realidades que se repetem no início de cada novo ano letivo, asseguram os sindicatos.

Paulo Félix, do Sindicato de Professores da Zona sul (SPZS), deixou à Voz da Planície um exemplo que corrobora estas declarações. Explicou que ficaram por preencher horários de vinculação "por não garantirem, em termos de remuneração, o suficiente para viver".


Marília Pelica, do Sindicato dos Professores Licenciados (SPLIU), foi mais longe e referiu mesmo, "os professores deslocados não têm como pagar as rendas e em muitos casos têm de contar com a ajuda de familiares".

Acrescentou, Marília Pelica, que "os professores deslocados têm de pagar para trabalhar, quando são colocados mais tarde agarrar o que está disponível e optar, nalgumas situações, por viver em pensões, ou seja, não têm condições para trabalhar".


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