As sessões que visam esta temática decorrem até dia 23 deste mês, nas escolas da capital de distrito, uma de cada agrupamento, a Santa Maria, integrada no número um, e a Mário Beirão, no número dois.
Em Beja, as conversas chegam a “seis turmas onde estas questões estão mais em evidência”. Em Moura, o número de turmas é menor, “chega a quatro, com o mesmo propósito, ou seja apelar ao diálogo intercultural, não discriminação e prevenção dos crimes motivados por ódio”.
Na PSP de Beja, a Voz da Planície foi recebida pelo Comissário Luís Aguiar e pelo Agente Principal Rui Guerreiro, ambos do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade, do projeto Escola Segura, que está a assinalar 30 anos de existência.
Foi o Comissário Luís Aguiar que explicou que “estas conversas são feitas com os alunos nestas faixas etárias, assim como com os do secundário, quando as escolas o pedem, por já terem consciência destas realidades”. Acrescentou que “se procura abranger turmas onde as fricções culturais são maiores, no sentido de sensibilizar os alunos para estas matérias”. Na prática, sublinhou, “é tentar mudar comportamentos e atitudes onde ainda se pode fazer este trabalho”.
“As dúvidas que surgem nas sessões são, essencialmente, relacionadas com aspetos religiosos e culturais, os alunos têm dificuldade em perceber porque há práticas diferentes a estes dois níveis e os agentes ajudam a verificar que as diferenças existem e que se deve dizer sim, aceitando e respeitando”, esclareceu o Comissário Luís Aguiar.
Salientou, contudo, que este “é um trabalho de formiguinha, que deve e tem de envolver todos, porque mudar mentalidades é fundamental”.
Este é um dos lados de atuação da PSP menos visível, embora com “impactos significativos na forma como as pessoas, principalmente, os mais jovens, veem os agentes, olhando para eles como aqueles a quem se pode chegar, pedir ajuda e contar”, frisa o Comissário Luís Aguiar, recordando que “o projeto Escola Segura está a celebrar 30 anos de existência" e que "muito tem contribuído, nestas três dezenas de anos, para esta mudança”.
Revelou, ainda, que “a mascote Falco tem sido uma grande ajuda, também, neste trabalho, porque os miúdos procuram-na e a partir desta aproximação, as outras relações de proximidade que se pretendem acabam por se desenvolver”.
A PSP recebe para cada ano civil uma diretiva estratégica geral onde todo o trabalho de proximidade vem identificado e dividido por temáticas diferentes, espelhando o resultado da articulação, nas ações a desenvolver, dos ministérios da Administração Interna e da Educação.
A diretiva que está no terreno, “Sim à diferença”, termina segunda-feira, dia 23, dando lugar a outras, como por exemplo, em fevereiro, o “Namoro”, foi dito, ainda, à Voz da Planície.
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