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Política

"PS na Câmara de Beja sem respostas para trabalhadores e população, em seis anos de gestão" - CDU

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"PS na Câmara de Beja sem respostas para trabalhadores e população, em seis anos de gestão" - CDU

Os vereadores da Coligação Democrática Unitária (CDU), na Câmara de Beja, fazem o balanço de seis anos de gestão do Partido Socialista (PS) e dizem que, neste período, tem faltado "visão estratégica para dar respostas aos problemas e para agarrar oportunidades". Neste contexto, a CDU apresenta-se como "a força política capaz de construir uma política alternativa que inverta o rumo atual".

Os vereadores da CDU falam em gestão "inócua" e assumem-se como representantes da força política, "capaz de construir a mudança que o concelho necessita, em conjunto com os trabalhadores, as populações, os agentes culturais e os pequenos e médios empresários", exortando, em simultâneo, a juntarem-se à "alternativa" que pode traçar um "novo rumo" para o Município de Beja.

Em comunicado, a CDU identifica os aspetos em que a gestão do PS "não resultou", entre eles a "limpeza urbana", acusando o atual executivo de querer "entregar a mesma a privados em vez de contratar trabalhadores". A "falta de coerência na estratégia cultural defendida pelo PS, que deixa abandonados os agentes culturais" são críticas deixadas, igualmente, voltando a mencionar a candidatura que o Município perdeu em 2022, com um "resultado humilhante" e o facto de "em 2023 nem se ter avançado para uma proposta para financiamento público da programação do Pax Julia". Rui Eugénio, vereador da CDU na Câmara de Beja, diz que "o PS, neste caso, não foi capaz de alavancar a dinâmica que o concelho precisa, nem de valorizar muitos dos agentes culturais do Município, reconhecidos fora do nosso território".

Rui Eugénio deixa claro que há um ano "estas críticas já tinham sido feitas pelos vereadores da CDU" e que "agora voltam a verificar-se, mas com agravamentos nas mais diversas áreas". Acrescenta que "há desnorte numa gestão incapaz de responder ao necessário e de envolver a população", deixando como exemplos, entre outros, a "falta de dinâmica que se verifica no centro histórico, no encerramento de estabelecimentos comerciais e na inexistência de novos negócios ou investimentos, votando o concelho a um despovoamento que leva, igualmente, os poucos visitantes que temos a passar poucas horas no território".

"A falta de pressão que este executivo municipal decidiu fazer a um Governo da sua cor política reflete a incapacidade que tem em resolver problemas estruturantes, como as questões da saúde que continuam sem respostas para 10 mil utentes sem médico de família e a 2.ª fase de construção do hospital de Beja que não avança, tal como o IP8, a ferrovia, que continua por eletrificar, e um aeroporto que não levanta voo".

"A estratégia local de habitação é outro aspeto que nos preocupa pois não percebemos onde quer chegar pois não resolve os problemas graves que o concelho tem neste setor", esclarece Rui Eugénio, recordando que "na última Assembleia Municipal, o PS chumbou uma moção, da CDU, onde se exigia ao Governo ajuda para as pessoas que no Município enfrentam dificuldades acrescidas, nomeadamente no pagamento dos empréstimos à habitação". O vereador Rui Eugénio mencionou ainda, a incapacidade para "ganhar investimento para o concelho", apontando dois aspetos concretos, ou seja, as "candidaturas do Fórum Romano e de financiamento público da programação do Pax Julia que se perderam".

"Faltam dois anos para terminar o atual mandato. É hoje por demais evidente que urge uma mudança política no concelho, que mude o rumo de estagnação e até retrocesso que a cidade e o concelho vivem", é realçado, ainda, por Rui Eugénio, frisando que os eleitos da CDU, "continuarão, no desempenho das suas funções, a contribuir, quer pela via da reivindicação, quer pela apresentação de propostas, a trabalhar para a construção de uma alternativa que ponha cobro a esta gestão, tendo a certeza que a CDU tem um projeto alternativo que serve os interesses do desenvolvimento do concelho, assente na valorização e defesa do serviço público, na valorização dos direitos dos trabalhadores da Câmara Municipal e da EMAS, na prática de uma política de fruição e de serviço público de cultura, no respeito pelas práticas do meio ambiente, na valorização dos direitos das novas gerações permitindo às mesmas residir no nosso concelho."

"É esta alternativa que estamos a construir, com os trabalhadores e as populações, todos os dias, nas lutas que travamos e nas muitas lutas que travaremos- Sempre por Beja- Competência e Confiança no futuro", é sublinhado no documento enviado à nossa redação e por Rui Eugénio.


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