O concelho de Odemira recebe hoje, e amanhã, a 19.ª edição do Festival Terras Sem Sombra, uma iniciativa que reúne música, património cultural e biodiversidade. A organização do Terras Sem Sombra é assumida pela Pedra Angular – Associação dos Amigos do Património da Diocese de Beja e conta com o apoio do Município de Odemira. As atividades são de participação gratuita.
O primeiro momento do Festival Terras Sem Sombra no concelho de Odemira acontece já neste sábado com uma tarde dedicada ao património cultural, com a revisita às memórias do voo do avião “Pátria”, que partiu de Vila Nova de Milfontes em 1924 e concretizou a primeira ligação aérea Portugal-Macau, a atividade decorre a partir das 15h00, em Vila Nova de Milfontes, com ponto de encontro no edifício da Junta de Freguesia.
Para a noite está agendado, para as 21h30, o recital “Energias Contrastantes: Obras-Chave para Violoncelo Solo”, com o maestro e violoncelista Jan Pech, que levará à Igreja da Misericórdia, em Odemira, uma viagem musical do século XVII ao XXI, com um alinhamento de temas de referência de Bach, Kalabis e Kukal.
A concluir o fim de semana no território de Odemira, a manhã de domingo será dedicada à biodiversidade. “Pare, Escute, Olhe: A Condição Humana e o seu Impacto sobre a Natureza” alerta e convida a refletir sobre o tema das alterações climáticas e o posicionamento humano face ao problema. Com ponto de encontro às 09h30 horas no Parque das Águas, em Boavista dos Pinheiros.
A cerimónia de apresentação da obra vencedora da XIV edição do Prémio de Conto Manuel da Fonseca, “101 Contos-de-Bolso”, da autoria de Maria Teresa Meireles, que concorreu sob o pseudónimo “Navarro”, é às 16h00, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.
A obra vencedora recebeu a unanimidade do júri, que justificou a escolha porque “no quadro do interesse crescente pelo microconto, em Portugal, a obra vencedora significa um renascimento desta espécie de narrativa, pela concisa explosão de sentidos, entre terna e boa disposição, sinalizando momentos do nosso quotidiano. Temos aqui uma prosa firme, a espaços lírica, sem excessos de linguagem, qual profilaxia em tempos de consumismo também literário.” Nesta edição estiveram a concurso 54 obras de autores de língua portuguesa.
Ao criar o Prémio de Conto Manuel da Fonseca, o Município de Santiago do Cacém presta homenagem ao grande escritor santiaguense, figura incontornável da literatura portuguesa, e à sua obra, sobretudo através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência. E, simultaneamente, contribui para a revelação de novos escritores em língua portuguesa. O primeiro prémio do concurso recebe um valor pecuniário de quatro mil euros e a obra é editada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
É inaugurada hoje, pelas 16h00, a exposição com o nome "Império do medo - escravatura, tráfico negreiro, racismo e novas servidões", na sala de exposições da Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal.
Esta exposição, com curadoria de Ana Maria Calçada, está patente até 17 de novembro e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h.
"A exposição aborda aspetos essenciais da escravatura e do tráfico humano, assim como os novos tipos de tráfico e escravatura dos nossos dias. A escravatura causou a deportação para as américas de cerca de 12,5 milhões de africanos. Esta exposição mostra essa realidade, a sua violência e circunstâncias, mas também a luta porfiada das vítimas e de quantos se opuseram. Abolida formalmente em Portugal há mais de 150 anos, contudo a realidade demonstra que o tráfico humano permanece um problema de grande relevância internacional. Como comissários, a exposição tem Alfredo Caldeira, Fátima Sá, Isabel do Carmo, Patrícia Alves, Paula Cabeçadas e Raquel Santos", é revelado.
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