O deputado do PCP eleito por Beja, João Dias, em declarações à Voz da Planície, frisa que este projeto, ao ser concretizado, torna o barranquenho a 3ª língua oficial em Portugal, a seguir ao mirandês e português, e aproveita para destacar a “intervenção da autarquia da CDU, que já em 2008 reconheceu o barranquenho enquanto património imaterial municipal”.
João Dias refere que o projeto do PCP distingue-se do que foi apresentado pelo PS, devido ao facto de para além da valorização da língua, inserir a identidade cultural de Barrancos, como os hábitos, tradições, gastronomia, valorizando uma “cultura enraizada e distinta”, e destaca que esta região está “abandonada” e que através da promoção do barranquenho pretende-se que contribua para o desenvolvimento deste território.
Sobre a aprovação do projeto lei apresentado pelo PS, Pedro do Carmo, deputado do PS eleito por Beja, sublinhou, no plenário da Assembleia da República, que não é possível “reescrever a história no que diz respeito ao abandono e isolamento daquele território pelo Estado Português ao longo de décadas”, porém “começamos a escrever o futuro”. Frisa que com este projeto pretende-se “defender o barranquenho como marca de identidade linguista de uma comunidade e património nacional” e quer percorrer “um caminho sustentado de valorização dos territórios do interior.”
A Rádio Voz da Planície, após várias tentativas de contacto, pretendia igualmente ouvir Pedro do Carmo sobre esta matéria, aguardamos conseguir ouvir o seu depoimento ainda hoje.
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