Paulo Arsénio prosseguiu esclarecendo o que foi colocado no projeto que "vai permitir no futuro a ligação da ferrovia ao aeroporto de Beja", deixando claro que "nada foi retirado, mas sim incluído". Contudo, referiu o presidente da Câmara, "as verbas no Portugal 2030 não são suficientes para fazer o ramal ao aeroporto pois podem nem chegar para a eletrificação da linha, sendo que o restante vai ter de ser suportado fora do orçamento", falando dos 90 milhões de euros previstos.

Paulo Arsénio revelou, igualmente, que vai pedir uma reunião ao ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, para tratar a questão das acessibilidades. E fez questão de dizer que "a Câmara de Beja, a de Cuba, a Assembleia Municipal , todas estas entidades pediram avanços efetivos em matéria de ferrovia às entidades competentes", avançando que "a expetativa da Infraestruturas de Portugal (IP) é que a obra de eletrificação da linha férrea Beja/Casa Branca ocorra entre 2027 e 2029. Se tudo correr bem pode antecipar para 2026. Certo é que Beja ficará sem esta ligação durante as obras e num período estimado de dois anos". Antes destas datas, acrescentou Paulo Arsénio, chegarão "duas a três automotoras bimodais, sendo que uma delas poderá passar a fazer ligação direta Beja/Lisboa".

Na mesma reunião de Câmara, o vereador do Beja Consegue!, Nuno Palma Ferro, sublinhou que "de facto o projeto de eletrificação da linha férrea Beja/Casa Branca submetido à União Europeia (UE) previa a ligação ao aeroporto" e que esta questão "teria sido retirada depois de um encontro realizado com Pedro Nuno Santos". 

Paulo Arsénio garantiu que "nessa reunião estiveram Beja, Vidigueira e Almodôvar representados e que serviu para pedir ao então ministro das Infraestruturas atenção e avanço nas acessibilidades do distrito", clarificando que a "autarquia defende a ligação ao aeroporto de Beja".