Este projeto é “uma iniciativa de inovação e de empreendedorismo social, promovida pelo Centro Social Nossa Senhora da Graça de Baleizão, com o investimento social do Município de Beja, e assenta na promoção do envelhecimento ativo e no envolvimento dos idosos na comunidade”. João Cascalheira, do Centro Social Nossa Senhora da Graça, realça estes “aspetos diferenciadores, assim como o facto da atuação do projeto não se limitar a Beja pois tem utentes, e atividades, em todas as freguesias do concelho”.

João Cascalheira revela, igualmente, que “perto de 400 pessoas usufruem, de forma permanente do Com_Vida e que existem muitas, também, a fazer atividades esporádicas, chegando, nestes quatro anos de existência, a cerca de 500 utentes”. Quanto ao seu financiamento, explicou que o mesmo “terminou em 2021” e que se “está a aguardar a aprovação final da sua renovação”.

Recordando a “importância, incluindo os prémios”, que este projeto “tem merecido fora do seu território de implementação”, João Cascalheira sublinha que “é fundamental manter esta iniciativa num concelho onde dá uma resposta significativa, 500 pessoas abrangidas”, e lembra que “o modelo está a ser replicado em concelhos como Cuba, Vidigueira, Barrancos e Alvito”.

“De 23 a 27 de janeiro, como é habitual de seis em seis meses, decorreram as avaliações e a respetiva monitorização dos utentes do projeto em atividade regular, ao nível da sua condição física, cognitiva e emotiva, hábitos alimentares e qualidade de vida e bem-estar. Foram mais de 100 itens de avaliação realizados pela equipa do Com_Vida em parceria com a Unidade de Cuidados à Comunidade (UCC) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), a Câmara Municipal de Beja e a Incubadora de Inovação Social do Baixo Alentejo (IISBA)”, é avançado no documento enviado à nossa redação.

A coordenadora do projeto, Renata Veríssimo, afirma que “na promoção do envelhecimento ativo não basta apenas dinamizar aulas e atividades de lazer, temos de avaliar, monitorizar e ajustar a intervenção aos impactos pretendidos”, realçando esta particularidade do projeto. “Neste momento é possível dizer que em termos de melhoria na qualidade de vida, tendo em atenção os resultados dos inquéritos realizados aos utentes, o projeto tem um impacto, em termos de melhorias no bem-estar generalizado das pessoas abrangidas, de 20 por cento. E todos referem estas vantagens na sua vida, em termos cognitivos, físicos e na sua saúde em geral”, frisou Renata Veríssimo.

”Os dados destas avaliações irão ser tratados em conjunto com as equipas do Com_Vida, da UCC, da ULSBA e do Observatório das Dinâmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e os seus resultados serão conhecidos ainda durante o primeiro semestre de 2023”, deixou claro, ainda, a coordenadora do projeto, Renata Veríssimo.