António Costa falava no final de uma sessão sobre o projeto de expansão do complexo industrial de Sines, com duas novas unidades industriais da Repsol Polímeros – um investimento, nesta primeira fase, de 657 milhões de euros, frisando que “este é o maior investimento industrial dos últimos dez anos”.
“Em junho de 2025, estas fábricas estarão a produzir e a exportar os polímeros”, declarou. Nesta ocasião, marcaram ainda presença os ministros dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, das Infraestruturas, João Galamba, da Economia, António Costa Silva, e do Ambiente, Duarte Cordeiro.
“No ano passado, alcançou-se um novo recorde e estamos a caminho para que nos próximos anos se alcancem sucessivos recordes de investimento. Não nos podemos satisfazer com o investimento já concretizado, temos de continuar a trabalhar para que o potencial de investimento possa prosseguir”, afirmou.
Nesta sessão, integrada no primeiro de dois dias da iniciativa “Governo + Próximo”, dedicada ao distrito de Setúbal, António Costa realçou que o porto de Sines é “um dos maiores da Europa e, seguramente, o que tem melhor localização para todo o tráfego no Atlântico Sul, na rota do Cabo e com convergências com as rotas do Mediterrâneo”.
“Este sistema logístico é complementado com a nova linha ferroviária, que entrará em pleno funcionamento no início do próximo ano e que permitirá, por exemplo à Repsol, exportar aquilo que produz por comboio para Tarragona e daí para toda a Europa. É uma infraestrutura da maior importância”, sustentou.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, Sines deverá ser “um dos maiores polos de produção de energia renovável”.
“E esse é um dos grandes fatores de atração de novas indústrias. E este investimento da Repsol é um dos melhores exemplos do que é a descarbonização da indústria. A indústria química é fortemente consumidora de energia, mas a Repsol vai desenvolver um projeto de hidrogénio e assegurar polímeros recicláveis e verdes”, acrescentou.
Paralelamente, uma comitiva, na qual participaram os ministros das Infraestruturas, João Galamba, e da Economia e do Mar, António Costa Silva, visitou as obras de ampliação do terminal XXI, que irá aumentar a capacidade do Porto de Sines de forma faseada. Depois do primeiro alargamento do cais, inaugurado em julho passado, está em curso a ampliação da área de terrapleno, em 5,2 hectares, até final de maio, aumentando assim a capacidade física de armazenamento de contentores.
Para criar condições de abrigo aos navios na zona leste do porto, local em que está localizado o Terminal XXI, a autoridade portuária está a ampliar o molhe de proteção, numa extensão de 750 metros, cujo investimento é de cerca de 75 milhões de euros.
Esta visita passou ainda pelas obras da nova Subestação Elétrica do Porto de Sines que reforçará a capacidade de fornecimento de energia dentro do porto e pelo Ramal Ferroviário que recentemente foi alvo de um investimento de certa de 8,4 milhões de euros suportados pela Administração do Porto de Sines (APS), ao qual se juntou um montante semelhante a cargo da concessionária do Terminal de Contentores.
*Com Lusa
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