O aumento do custo de vida nas famílias mais carenciadas “é muito angustiante” pois têm de viver com “orçamentos completamente esticados” e sem margem “para folgas”.
A juntar a todos os “gastos obrigatórios” vem a “pressão do preço das habitações”. "Há mais procura de casas para arrendar e incumprimentos que vão acabar por surgir no pagamento dos créditos à habitação existentes", avançam os economistas.
A Deco Proteste analisou as áreas sensíveis para o dia-a-dia das famílias, da alimentação às atividades sociais e de lazer, passando pelas compras para a casa ou pela saúde.
Conduzido em paralelo na Bélgica, Espanha e Itália, este estudo da Deco Proteste mostra que “a conjuntura está a afetar uma importante proporção de europeus. O receio de gastar dinheiro nestes tempos incertos foi uma das consequências que a guerra trouxe - 81% dos portugueses confirmam esta preocupação. No entanto, a proporção é muito mais baixa nos restantes países incluídos na análise, oscilando entre os 58% da Bélgica e os 63% de Espanha.”
Foi decidido, entretanto, no Conselho de Ministros, de ontem, alargar por mais três meses o apoio extraordinário ao cabaz alimentar. Foi revelado, também, que esta é uma medida que abrange cerca de um milhão de famílias” e que consiste no pagamento de “mais 60 euros às pessoas que beneficiam da tarifa social de eletricidade e a todos os beneficiários das prestações mínimas".
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com