Sendo a inflação elevada "uma das principais inimigas da poupança", os portugueses, na zona euro, “estão entre os mais vulneráveis à subida acentuada nos preços".
Prevendo-se que "vai demorar tempo até que a inflação baixe para a meta de 2%” - está atualmente nos 8,7%, a mais elevada desde 1992, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) - e que “não será tão cedo que a taxa de juro dos depósitos vai atingir este nível, a perspetiva de médio prazo para a rendibilidade dos depósitos é bastante sombria", explica, igualmente, o estudo citado.
“A elevada carga fiscal sobre os salários é outro dos fatores avançados como limitador à poupança dos portugueses: os impostos e as contribuições para a Segurança Social levam uma relevante fatia dos salários” - 41,8% diz a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) -, “deixando uma margem mais diminuta para as famílias conseguirem colocar dinheiro de parte depois de pagarem as despesas do dia-a-dia", é explicado ainda.
Nestes dias - em que a Defesa do Consumidor (DECO) anunciou mais uma subida de três euros no cabaz alimentar -, a boa notícia é a de que os preços dos combustíveis desceram ligeiramente, 5,1%. Mesmo assim o litro de gasóleo custa aos portugueses praticamente dois euros e o de gasolina, dois euros e dois cêntimos.
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