Este estudo
foi realizado no âmbito da preparação da “Semana da Igualdade”, prevista
realizar de 7 a 11 de março deste ano e que vai integrar o Dia Internacional da
Mulher Trabalhadora com o lema: “A igualdade tem de existir. Para o País
evoluir”.
Neste documento pode ler-se que “conjugando o risco de pobreza com outros dois indicadores: privação material e social severa e intensidade laboral per-capita muito reduzida, verifica-se que, em 2021, eram perto de 2 milhões e 32 milhares as pessoas residentes em Portugal que se encontravam em situação de pobreza ou exclusão social mesmo após as transferências sociais, o que afeta 22,4% da população."
"As mulheres têm um risco de pobreza superior aos homens (19,2% face a 17,5%), em virtude dos seus salários serem muito baixos – ainda mais baixos que os dos homens -, assim como todas as prestações que deles dependem, e foi entre elas que a pobreza mais aumentou: em 125,6 milhares face a 2019, o que corresponde a 935,6 mil mulheres pobres", avança, também, este estudo.
"Sem a segurança social e as prestações que garante, o nível de pobreza seria ainda mais elevado, dando as pensões o maior contributo, o que permite que a percentagem de pobres se reduza quase a metade. Também as restantes prestações sociais: como o desemprego, a doença, a parentalidade, o abono de família, o RSI, entre outras são importantes nessa redução", deixa claro o documento..
"Ainda
assim, a percentagem de pobres é muito elevada, sendo quase sempre superior no caso das
mulheres.
Em 2020, 45,3% das mulheres em Portugal eram pobres antes de qualquer transferência social,
reduzindo-se para 23,6% após as transferências relativas a pensões e para 19,2% após todas as
transferências sociais", remata o estudo.
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