“A PAS reafirma que fazer uma grande obra de engenharia, com enormes impactos ecossistémicos e sociais, para permitir o aumento a área da agricultura intensiva, poluente e gastadora do recurso escasso, que é a água, que todos os estudos apontam para que ainda o será mais no futuro, não é justificável”, refere a plataforma que agrega treze entidades.
O projeto que esteve em consulta pública até à passada semana prevê a captação de água superficial na zona estuarina do rio Guadiana, na proximidade da povoação de Mesquita, a montante do Pomarão, no concelho de Mértola, e a construção de uma conduta até à albufeira de Odeleite, no concelho de Castro Marim.
Segundo a PAS, o Plano de Eficiência Hídrica do Algarve (PREHA) indica que a captação de água no Guadiana, a jusante de Alqueva, tem como objetivo criar condições para os novos regadios propostos que se situam no sistema Beliche-Odeleite.
A plataforma ambientalista considera que apresentar este projeto sem a prévia concordância de Espanha e da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), é uma “irresponsabilidade, quer pela perda de tempo, quer pelo desbaratar de oportunidades, quer ainda pelo desperdício de dinheiro público gasto no pagamento do ‘design’ do projeto”.
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