O Ministério da Educação implementou um projeto de substituição de manuais em papel por livros digitais, que teve início de forma gradual no ano letivo 2020/2021. O programa é voluntário e conta com cada vez mais estabelecimentos de ensino. Este ano foram contabilizados mais de 23 mil alunos do 3.º ao 12.º anos de 160 escolas de todo o país, segundo os dados revelados pela tutela.
Ainda assim, alguns encarregados de educação e docentes estão contra o projeto e pedem o fim do mesmo. Há três meses, Catarina Prado e Castro lançou uma petição “Contra a excessiva digitalização no ensino e a massificação dos manuais escolares digitais: Petição Pública (peticaopublica.com)”, que conta agora com mais de 2 mil assinaturas.
O abaixo-assinado defende que os livros em papel são “recursos mais saudáveis e eficazes para todas as crianças” e por isso pede o “fim imediato do projeto-piloto” dos manuais digitais, lembrando que as crianças e adolescentes já passam tempo excessivo em frente a ecrãs, com consequências negativas para a sua saúde.
Catarina Prado e Castro disse ainda estar preocupada com a navegação online sem supervisão, contando que na escola dos filhos já houve alunos apanhados a ver pornografia ou outros sites inapropriados nos telemóveis.
A autora do abaixo-assinado revelou que a petição será entregue no início do próximo mês na Assembleia da República.
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