O espetáculo começa sempre às 21h30, nos três dias de apresentação, e integra parte da obra poética de Ruy Belo.
A direção e dramaturgia é de Gisela Cañamero e a direção musical de José Manhita.
Na divulgação desta apresentação, Gisela Cañamero, da Companhia de Teatro Arte Pública, explica que se "regressa à divulgação de uma das grandes vozes da literatura portuguesa, nesta performance que cruza a poesia, a música e a imagem.
Trata-se da poesia de Ruy Belo (1933-1978) - homem e poeta com um percurso da maior exigência e rigor ao longo da sua curta vida. Com uma obra criativa escrita, em grande parte, no Portugal cinzento dos anos sessenta, obrigado, também ele, à fuga para Espanha; apesar das duas licenciaturas, - em Direito e em Filologia Românica - e do doutoramento que, de forma brilhante, defendeu em Roma, em Direito Canónico, com a tese Ficção Literária e Censura Eclesiástica - nem o Portugal de Abril será suficientemente aberto ou generoso para acolher dignamente o poeta, o escritor, o professor, que faz do pensar “o maior dos perigos”.
Ruy Belo surpreender-nos-á pela sua inquietante indagação da realidade e pelo alargamento que faz desses limites - proporcionando-nos nova compreensão e sentir da realidade. Esta forma de pensar - inquieta, criativa e rara - cheganos ao séc. XXI com uma profunda marca humana, intemporal, reveladora ainda de uma visão do país que fomos ou continuamos a ser.
Ruy Belo: uma voz singular, de elevada qualidade especulativa e grande poder inventivo, num encontro cruzado com a ideação musical e videoplástica."
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