Esta espécie originária da América do Norte e que surgiu, em Portugal, em 1979, ocupa "uma variedade de habitats desde os rios, albufeiras, sistemas de irrigação, até mesmo os campos de arroz", revela o comunicado, acrescentando que "tem um ciclo de vida rápido com um crescimento rápido e taxas de fecundidade elevadas". É, igualmente, "tolerante a doenças e a condições ambientais extremas".
Apesar de existir em todas as bacias hidrográficas de Portugal, esta é, de acordo com a nota de imprensa do PCP, uma espécie presente, com maior expressão, no rio Guadiana e no rio Sado. Tem "impactos negativos nas comunidades florísticas e faunísticas autóctones causando alterações profundas dos ecossistemas". Além disso, salienta o documento, tem também consequências negativas ao nível económico, uma vez que “o lagostim, enquanto escavador, pode causar danos no leito dos rios e em culturas”.
João Dias explica que investigadores e o ICNF reconhecem que a única forma de controlar as populações deste tipo de lagostim é através da pesca profissional.
Nesse sentido, o PCP entende que a pesca profissional é uma atividade “benéfica para minimizar os prejuízos provocados por esta espécie invasora” e o levantamento desta proibição traria aos pescadores “alguma viabilidade económica”, através da exportação do lagostim para Espanha e para os países do norte da Europa”.
João Dias explica que o PCP solicitou ao Governo esclarecimentos relativamente às condições do exercício da pesca deste lagostim nas águas interiores, pedindo à tutela que tome medidas sobre esta matéria, integrando os pescadores profissionais num Plano Nacional de Estabilização do Lagostim Vermelho da Louisiana.
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