O PCP entende que “há ainda um caminho extenso a percorrer no sentido de assegurar os rendimentos da população, a salvaguarda dos postos de trabalho e a prevenção da propagação da doença, nomeadamente no que concerne às atividades agrícolas.” Diz tratar-se “de um sector vulnerável já que por um lado se trata de atividades que não se compadecem com longos períodos de quarentena e por outro lado dificilmente o seu exercício é compatível com a aplicação das medidas de salvaguarda que estão a ser equacionadas.”
“Que medidas estão a ser equacionadas no sentido de identificar casos em que se registe um elevado número de trabalhadores agrícolas associados a uma mesma exploração, tornando esta situação num caso vulnerável?” é uma das questões colocadas. O deputado do PCP, eleito por Beja, João Dias, mostra preocupação com esta questão que, na sua opinião, “pode sobrecarregar muito a resposta do SNS” e pede que situações como esta “sejam acauteladas”.
O PCP quer saber, ainda, “que medidas de prevenção da contaminação pelo novo Sars-Cov-2 estão a ser equacionadas para os territórios agrícolas em que se conhece haver grande concentração destes trabalhadores, em espaços confinados, nomeadamente estufas?. Nestas explorações agrícolas que medidas serão tomadas no sentido de assegurar os rendimentos destes trabalhadores e a salvaguarda das culturas?. Que medidas adicionais estão a ser equacionadas para contrariar, caso seja detetada, a sobreocupação de alojamentos para trabalhadores agrícolas de modo a evitar situações que privilegiem o contágio entre moradores?. Se estão os serviços de saúde preparados para responder de forma adequada à possibilidade de infeção desta população, por vezes não permanente, de trabalhadores agrícolas? E se estão a ser tomadas medidas que restrinjam a movimentação no território nacional e/ou transfronteiriça de trabalhadores agrícolas para as campanhas de primavera e verão?.
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