Este ano, devido à pandemia, a homenagem assumiu um modelo diferente, não tendo havido desfile. A solução encontrada foi a realização de uma concentração, no Largo da Igreja, junto ao cemitério, que reuniu cerca de 50 militantes e que obedeceu às regras de segurança das autoridades de saúde.
Jerónimo de Sousa começou por sublinhar que apesar “dos tempos difíceis que vivemos”, o PCP “não esquece” e marcará sempre presença, em Baleizão, “em cada maio”, prestando a “sentida homenagem à camponesa Catarina Eufémia”, “símbolo da luta do proletariado agrícola do Alentejo (…) orgulho dos trabalhadores e do seu partido”.
O secretário-geral do PCP realçou que “neste mês de maio de Catarina” é também o “maio dos trabalhadores e da exaltação da sua justa luta” e acusa “aqueles que, em nome do combate à epidemia”, encetaram “uma vergonhosa campanha”, com o objetivo de “condicionar e paralisar a ação dos trabalhadores”.
Nesse contexto, apontou como exemplo a “ação terrorista que os grandes interesses do capitalismo desencadearam contra as iniciativas da CGTP-IN do 1º Maio”, dizendo que não foi uma ação “inocente” nem de “preocupação com a saúde dos trabalhadores”. Jerónimo de Sousa afirma que o objetivo foi o de impor o “confinamento da luta”.
“Vivemos um tempo de agravamento de injustiças e desigualdades” ressaltou o dirigente comunista, ressaltando que “os trabalhadores são atingidos pelos efeitos da epidemia e pelo aproveitamento que dela fazem”.
Perante esta situação, Jerónimo de Sousa recordou os milhares de trabalhadores em lay-off, os milhares de despedimentos, a brutal redução de salários e a imposição de férias forçadas.
Para fazer frente a esta situação, Jerónimo de Sousa revela que “o PCP procurou por todos os meios reclamar a resolução” destes problemas, “assumindo uma atitude de proposta no quadro da Assembleia da República”, explicando que são propostas que a serem aprovadas, responderiam ao essencial dos problemas.
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