“Nós temos um setor com uma importância estratégica para o país e, se há setor que não podia deixar de ficar com secretaria de Estado, era a agricultura. Aliás, estamos aqui num distrito onde isso é muito visível. É uma opção errada”, afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas pouco depois de ter participado na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PCP, que decorrem entre hoje e terça-feira naquele distrito alentejano.
Questionado se considera que o cargo ficou vago porque o Governo não encontrou ninguém apto para responder às 36 perguntas do questionário, Paulo Raimundo respondeu: "Espero bem que não".
"Espero bem que o caso não seja esse, senão tínhamos um problema muito grave", disse.
Na sexta-feira, foi publicada uma alteração à orgânica do Governo que deixou de incluir o cargo de secretário de Estado da Agricultura, sendo a ministra apenas coadjuvada pelo secretário de Estado das Pescas, mudança que levou os representantes dos agricultores a denunciar uma extinção da secretaria.
No entanto, o Governo recusou essa interpretação, defendendo tratar-se antes de um reflexo da composição do executivo, o qual desde 05 de janeiro, com a demissão de Carla Alves, deixou de ter esse cargo.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, garantiu, em entrevista à Antena 1, que a nomeação de um secretário ou de uma secretária de Estado da Agricultura está “para breve” e vai “obviamente acontecer”, precisando estar “a refletir” com o primeiro-ministro sobre essa escolha.
"Em breve vamos ter uma nomeação (...) Estamos a refletir sobre ela, eu e o primeiro-ministro, e oportunamente vamos divulgar quem fará essa função", disse a ministra, esclarecendo que a opção é a de fazer uma escolha para o cargo e recusando que tenha havido qualquer extinção.
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