Num país que conta com uma população que não chega aos 600 mil habitantes e uma área de aproximadamente 2586 km², o que equivale sensivelmente a metade do Algarve, os portugueses são a comunidade estrangeira mais numerosa do Luxemburgo.
A emigração portuguesa para o Luxemburgo iniciou-se em meados da década de 60, contabilizando, hoje, nos registos consulares, 113 mil portugueses, o que corresponde a 19% do total da população do Grão-Ducado.
A competência de coordenar o ensino da língua e cultura portuguesa no estrangeiro está entregue ao Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.
Para Joaquim Prazeres, coordenador do ensino de português no Luxemburgo, iniciativas como estas levadas a cabo pela ADIE e Carpe Diem, e que contam na sua implementação com o envolvimento de muitos pais dos alunos de português e restante comunidade portuguesa, são fundamentais para manter viva a língua e cultura portuguesa entre a diáspora.
Num passado recente, a língua portuguesa no Luxemburgo, apesar de muito falada, era considerada uma língua de segunda categoria por ser falada por operários da construção civil e empregadas de limpeza, hoje não é assim e a nossa língua é hoje considerada e respeitada, diz Joaquim Prazeres.
No balanço da iniciativa, Sónia Wosniac, a presidente da ADIE e professora de língua e cultura portuguesa no Luxemburgo, diz-se realizada por ver reconhecido o trabalho de meses e a forma como este contribui para a valorização da língua e cultura portuguesa.
Rodrigo Martins, presidente da Carpe Diem, faz um balanço extremamente positivo, assegurando que o objectivo de trazer ao Luxemburgo língua e cultura portuguesa, tem sido plenamente conseguido, destacando o reconhecimento do Instituo Camões e da Embaixada Portuguesa no Luxemburgo.
A iniciativa de trazer ao Luxemburgo uma embaixada cultural, terminou na noite de sábado com um jantar convívio e concerto, que contou com a presença de mais de 600 pessoas, entre elas Franca Romeo, presidente da comissão municipal de integração, e o Burgermeister (presidente de câmara) Georges Engel.
A animação esteve a cargo das fadistas Joana Vales e Mafalda Vasques, acompanhadas por António Barros na guitarra portuguesa, António José Caeiro na viola de fado e Paulo Lopes viola baixo. O espectáculo foi encerrado pelo grupo “De Moda em Moda”.
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