No centro de Lisboa, na Escola Básica Almirante Gago Coutinho (EBAGC), os alunos já não usam manuais em papel. A direção escolar decidiu aderir ao programa-piloto de manuais digitais, juntando-se assim a outros 160 estabelecimentos de ensino espalhados do país.
Marta Castro, da associação de pais da EBAGC, recorda que o projeto lhe pareceu demasiado arrojado tendo em conta o degradado estado de conservação da escola, frequentada por alunos dos 5.º ao 9º anos.
Construída na década de 50 do século passado, a escola foi-se degradando. “Mas havia várias promessas, como a instalação uma boa rede de Internet ou de quadros interativos”, sublinhou a mãe do aluno do 5.º ano, que desde setembro do ano passado está impedido de levar manuais em papel.
“Nas salas não existem tomadas suficientes para ligar as baterias, fazendo com que alguns alunos não tenham acesso aos materiais, assim como não há os tais retroprojetores prometidos. A internet é lentíssima e a grande maioria não consegue aceder à internet nem descarregar os manuais”, alerta Marta Castro.
A presidente da Associação Nacional de Professores de Informática (Anpri), Fernanda Ledesma, confirma que “os problemas de rede de internet e a falta de apoio técnico não são novidade”, havendo “muitas outras escolas na mesma situação”.
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