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Sociedade

OE2024 "não dá resposta aos problemas dos utentes e serviços públicos"

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OE2024 "não dá resposta aos problemas dos utentes e serviços públicos"

O Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) "não serve os interesses dos utentes e das populações, mantém o desinvestimento nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado e não dá resposta aos graves problemas que os afetam", frisa a nota de imprensa do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).

"A degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) põe em causa o seu funcionamento e a resposta às necessidades das populações, com serviços hospitalares, unidades gerais ou de especialidade a falharem. O número de utentes sem médico de família aumenta tal como a falta de médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar. É a degradação dos equipamentos e ausência de recuperação e construção de novas unidades. Enquanto isso, oito mil milhões de euros, metade do orçamento do SNS, são entregues aos grandes grupos económicos privados da Saúde", clarifica o documento do MUSP.

"Não há neste Orçamento nenhuma medida que dê resposta aos graves problemas dos serviços públicos. Fala-se em investimentos públicos, que para lá de insuficientes para as necessidades do País, acabam por não se concretizar, como tem acontecido a cada ano, com os transportes públicos, designadamente os ferroviários. E, com isto, sofrem as populações que veem adiadas as expectativas de ver o seu direito à mobilidade mais consolidado", é sublinhado também.

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos considera muito preocupante a aprovação, pela maioria absoluta do PS, deste Orçamento do Estado para 2024, "não se perspetivando, mais uma vez, que o mesmo concretize não só uma recuperação dos serviços públicos e das funções sociais que prestam, mas também um aumento da sua qualidade", é frisado igualmente.

E é neste contexto que o MUSP afirma que "é preciso reforçar o movimento de utentes e a sua luta, na defesa dos serviços públicos – contra o encerramento das urgências e por mais médicos de família; por mais pessoal docente e não docente nas escolas; por mais e melhores transportes públicos e mais baratos; pela renacionalização dos CTT e a melhoria do Serviço Postal."




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