O anúncio foi feito pela ministra Ana Mendes Godinho nas Comissões de Orçamento e Finanças e de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, referindo que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) “reforça o Estado social” com um valor “histórico”, sublinhando que a opção é de “garantir que resultados são partilhados coletivamente no combate às desigualdades”.
Apontou que estão incluídos 35 mil milhões de euros para investimento social, “mais 12 mil milhões do que em 2015”, entre os quais 2,3 mil milhões através do aumento do abono de família, da prestação Garantia para a Infância ou pela gratuitidade das creches.
“Alargamos para 2024 a gratuitidade das creches para 120 mil crianças, abrangendo as crianças de todas as idades. Também em 2024 será alargada a gratuitidade às creches das autarquias locais, quando não exista resposta por parte da rede protocolada com a Segurança Social”, anunciou.
Anunciou também que o pagamento do abono de família passa a ser automático a partir do próximo ano. Defendeu que a gratuitidade das creches é “transformadora de vidas e transformadora de Portugal, servirá nos próximos anos e que ninguém a pode parar”.
“Garantir inclusão é garantir crescimento e desenvolvimento”, acrescentou. A ministra apontou que a medida é importante também em matéria de igualdade no acesso ao mercado de trabalho, sobretudo em relação às mulheres, assinalando que hoje é o Dia Nacional da Igualdade Salarial e que o fosso entre homens e mulheres baixou de 16 por cento em 2015 para 11,9 por cento.
Ainda em relação ao setor social, a ministra adiantou que foram aprovados 848 projetos sociais, no valor de 823 milhões de euros “dedicados a respostas para as crianças, para as pessoas, com deficiências, para as pessoas mais velhas, para as pessoas mais vulneráveis”.
Acrescentou que ainda durante o mês de novembro será aberto um novo aviso para a criação de mais 12 mil lugares para creches.
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