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Odemira recebe seminário internacional de cinema documental Doc's Kingdom

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Odemira recebe seminário internacional de cinema documental Doc's Kingdom

A obra das cineastas Amy Halpern, Noémia Delgado e Rose Lowder vai estar em destaque na edição deste ano do Seminário Internacional de Cinema Documental Doc’s Kingdom, que arranca esta quinta-feira em Odemira.

O evento, que se realiza pela primeira vez na localidade do litoral alentejano, vai decorrer até 05 de dezembro, sob a direção de Marcia Mansur, pretendendo ser “um espaço dedicado ao pensamento crítico, ao debate horizontal, ao estudo e entendimento do cinema documental contemporâneo”.

O objetivo é “ser um espaço de pensamento aberto não só a cinéfilos, mas também a cine-entusiastas e a quem queira pensar o mundo através do cinema”, explicou a organização em comunicado.

Sob o título “Corte-Travessia”, o seminário tem a montagem como tema principal do programa, cuja construção esteve a cargo de Elena Duque, selecionada através de um concurso público internacional.

Segundo a organização, o evento vai “mergulhar” na obra das cineastas Amy Halpern, Noémia Delgado e Rose Lowder.

Amy Halpern, que morreu em 2022, foi uma “figura incontornável do cinema independente e experimental norte-americano”, tendo deixado “um legado de criatividade e liberdade consubstanciado em quase 40 curtas-metragens e numa única longa, ‘Falling Lessons’”.

Por sua vez, Noémia Delgado, que morreu em 2016, esteve ligada à geração do Cinema Novo, “que então procurava revolucionar a produção cinematográfica portuguesa”, tendo trabalhado como assistente de Paulo Rocha e Manoel de Oliveira, entre outros.

A cineasta portuguesa realizou também, em 1976, “Máscaras”, um “pioneiro documentário etnográfico sobre os caretos tradicionais de Trás-os-Montes”, lê-se na nota.

Finalmente, a franco-peruana Rose Lowder, atualmente com 82 anos, foi cofundadora dos Arquivos de Cinema Experimental de Avignon e “continua a ser um dos nomes mais influentes do cinema experimental”, acrescentou a organização.

Durante os dias do Doc’s Kingdom vai também passar por Odemira, entre mais de 70 participantes de vários países, a montadora Claire Atherton, “colaboradora habitual de Chantal Akerman”.

A esta juntam-se, entre outros, a iraniana Maryam Tafakory, a portuguesa Beatriz Freire, a venezuelana Valentina Alvarado Matos, o chileno Carlos Vásquez, a espanhola Miriam Martín e a italiana Luciana Fina.

Em 2023, o Doc’s Kingdom inclui no programa a exibição de filmes, performances e debates abertos à comunidade, além de promover em Odemira duas sessões de cinema abertas à população, ambas no cineteatro Camacho Costa.

A primeira será na sexta-feira, pelas 21:30, com a exibição do filme “Las Cruces”, do realizador Carlos Vásquez Méndez e que retrata um episódio ocorrido em 1973, dias após o golpe de Estado no Chile que derrubou o governo eleito de Salvador Allende.

No domingo, pelas 18:30, terá lugar a sessão “Hecho a Mano”, com curtas-metragens e uma cine-performance, seguida de debate, com a realizadora portuguesa Beatriz Freire, “que trabalha no encontro entre o cinema e a tecelagem”.

Depois de passagens por Serpa (Beja), Almada (Setúbal), Arcos de Valdevez (Viana do Castelo) e Açores, o Doc’s Kingdom estreia-se este ano em Odemira, onde se juntou a duas instituições locais: a associação Rota Vicentina e a Cultivamos Cultura – Associação Cultural.

O evento tem ainda os apoios da Câmara de Odemira e da Direção Regional de Cultura do Alentejo.

lentejo.


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