Estas queixas são recorrentes se estivermos a falar dos hospitais, mas os problemas, dizem os utentes, começam antes, nos cuidados de saúde primários. "Há quase um milhão e meio de pessoas sem médico de família em Portugal, número que duplicou desde 2018", avançam os números do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Sem um SNS de qualidade, dotado de profissionais motivados e com dedicação exclusiva, Portugal retornaria ao panorama desumano inicial. Os Utentes tudo farão para o evitar.”, afirma o Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP), a propósito desta data.
O MUSP recorda que esta “é uma das mais importantes conquistas do 25 de Abril de 1974. Fruto da luta do povo aliado aos profissionais de Saúde conseguiram construir um dos mais importantes pilares do bem-estar e da qualidade de vida dos portugueses”. E que hoje “importa defender essa obra maior dos portugueses.”
“Passados 43 anos, após a sua oficialização em Lei, importa alertar para a necessidade de se tomarem medidas no sentido de este Serviço Público vital ser reforçado nos seus meios financeiros, humanos e técnicos.
Saúda, o MUSP, os profissionais desta área pelo seu trabalho, pedindo “a sua valorização, qualificação e dignificação das suas carreiras, dos seus vencimentos, apoiá-los com melhores condições de trabalho, horários e turnos suportáveis, e, em especial acabar com a precariedade contratual e recrutar mais profissionais para qualificar e aumentar a oferta deste vital serviço público.”
“Mais médicos e enfermeiros de medicina Geral e Familiar nas unidades de saúde locais, numa lógica de proximidade, preventiva e de manutenção. Reabrir as unidades encerradas, dotá-las de instalações físicas adequadas e de meios de diagnóstico e das especialidades necessárias para os objetivos de prevenção da doença e manutenção da saúde serem alcançados”, são pedidos que o movimento deixa igualmente.
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