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Ambiente

Novas regras para gestão do olival integram “conservação da biodiversidade”

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Novas regras para gestão do olival integram “conservação da biodiversidade”


Portugal passou a integrar uma rede europeia que vai implementar um novo certificado que garante que a gestão do olival integra a conservação da biodiversidade, graças a um projeto da Universidade de Évora.

Denominado “Olivares Vivos +”, o projeto é liderado em Portugal por José Manuel Herrera, do Grupo de Investigação em Biodiversidade e Alterações Climáticas no Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da UÉ.

Com financiamento do Programa LIFE na área de Natureza e Biodiversidade, o projeto integra, além de Portugal, outros três países europeus com particular relevância na cultura da oliveira, nomeadamente Espanha, Itália e Grécia.

Segundo a academia, o “Olivares Vivos +” promove um novo modelo de olivicultura que recupera a biodiversidade e a transforma em rentabilidade pelo pagamento por serviços ambientais, através de eco-esquemas, instrumento que incentiva práticas sustentáveis, e medidas agroambientais da nova Política Agrícola Comum (PAC).

Além disso, realçou, este novo modelo de gestão agrícola permite também economizar consumos na gestão do olival, já que está prevista uma diminuição média de 22% no custo de fertilizantes e produtos fitossanitários.

De acordo com a Universidade de Évora, o projeto, que arrancou em 2022 e que se prolonga até 2025, está a ser implementado em duas explorações de demonstração, situadas nos concelhos de Vidigueira , distrito de Beja, e de Arraiolos, distrito de Évora.

No primeiro ano, “procedeu-se à monitorização da biodiversidade existente em cada um dos parceiros e foi implementado um plano de ação para a promoção da biodiversidade, com a colocação de caixas-ninho, abrigos para morcegos e bebedouros”, salientou.

Para os próximos anos, assinalou a academia alentejana, está prevista uma avaliação da recuperação da biodiversidade em cada um dos olivais de demonstração.

Criado no âmbito deste projeto, o selo “Olivares Vivos” vai “certificar o primeiro produto agroalimentar da Europa com garantia científica que atesta a recuperação das espécies de flora e fauna”, acrescentou.



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