Por outro lado, Salwa Castelo-Branco enfatizou que “o cante tem hoje uma presença no espaço nacional que dantes não tinha”. “O Cante está a ter uma projeção muito maior a nível nacional e internacional, era uma prática confinada às comunidades no Alentejo e aos seus migrantes na chamada diáspora alentejana, nas cinturas industriais de Lisboa e Setúbal, mas hoje em dia o Cante tem-se ouvido em vários espetáculos, em diferentes espaços”, salientou.
A investigadora frisou: “Claro que há grupos que estavam à espera de apoios e não têm o apoio que querem, e, tal como outras inscrições, o Cante não é a única prática expressiva no Alentejo, há outros géneros, o baldão, outros géneros de desafio, há grupos folclóricos, grupos de cantares e há as bandas filarmónicas”.
Salwa Castelo-Branco realçou a criação de modas novas para serem cantadas: “Durante algum tempo o repertório do Cante não tinha inovação, no sentido de criar novas modas, e agora há novas modas a surgir, por pessoas ligadas aos grupos e que conhecem bem a estrutura das modas, a maneira de escrever as letras, de criar o estilo ou adaptar aos estilos existentes, e isso é interessante”.
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