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Mulheres trabalhadoras com “emprego precário e mal pago”, diz estudo da CGTP

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Mulheres trabalhadoras com “emprego precário e mal pago”, diz estudo da CGTP

Na semana em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, a CGTP lança a 10.ª semana da igualdade, com o lema "salários a aumentar para a vida mudar e a igualdade avançar". Revela, também, dados sobre a situação das mulheres trabalhadoras.

Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e foram analisados pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). Em Beja, os salários já são mais baixos que nos restantes distritos do País, e o poder de compra dos portugueses caiu em flecha nos últimos meses. A situação das mulheres trabalhadoras no nosso distrito é ainda mais precária.

A central sindical esmiuçou os dados referentes à situação das mulheres portuguesas que nos fazem refletir.

Maria da Fé Carvalho, dirigente da União dos Sindicatos do Distrito de Beja (USDB), refere que a situação das mulheres no distrito é preocupante.

No quarto trimestre de 2022 havia 183 mil desempregadas, mais de metade do número total de desempregados (53 por cento). Este número aumentou no último trimestre de 2022, quando comparado com o período homologo de 2021, de 6,5 por cento para 7,0 por cento.

O mesmo acontece se considerarmos a taxa das jovens desempregadas, com menos de 25 anos, que atingiu os 20,5 por cento. Se considerarmos os jovens desempregados, a taxa é de 19,4 por cento.

Outro dado revelado pela CGTP, referente ao quarto trimestre do ano passado, tem a ver com a percentagem de mulheres desempregadas que recebia subsídio de desemprego: apenas 35 por cento do número real de desempregadas tinha uma prestação de desemprego (menos 14 por cento que no mesmo período, em 2021).

Também as mulheres empregadas estão numa situação mais complicada do que os homens. As mulheres trabalhadoras são ainda mais mal pagas com “salários base 13 por cento mais baixos” que os homens. Se em 2021, a diferença de salários era, em média, de cerca de 153 euros, entre os quadros superiores esta diferença rondava os 600 euros.

A CGTP realiza a 10.ª edição da semana da igualdade entre hoje e 10 de março com o lema "salários a aumentar para a vida mudar e a igualdade avançar".



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