Hoje em dia “nunca foi tão importante lutar pela soberania alimentar e pelo reforço da agricultura familiar”, considerando os acontecimentos que têm vindo a afetar a sociedade, tais como a pandemia, as alterações do clima, as dificuldades em produzir alimentos e ainda, “o aumento brutal dos preços dos fatores de produção e diminuição da rentabilidade”, realça a MARP.
No mundo rural, a associação sublinha que se continua a observar “encerramentos dos serviços públicos, obrigando a longas e dispendiosas deslocações”, bem como “a falta de investimento na saúde, na educação, nos transportes, na agricultura e no desenvolvimento rural, que não permite a resposta que precisamos para viver melhor”.
A situação de seca preocupa as agricultoras e estas argumentam que “é urgente uma política estruturada de acesso à água e que priorize, o abastecimento às populações, mas também de alimentos de proximidade, por isso a produção agrícola familiar”.
Sobre a Política Agrícola Comum (PAC) a MARP frisa que “acrescenta muito pouco ou nada” e que no pacote de medidas não encontram nenhuma que tenham em conta “as dificuldades e necessidades das mulheres agricultoras e rurais e das suas famílias”.
Na PAC as agricultoras também não encontram medidas que “tenham em conta a igualdade de género, o combate ao despovoamento e desertificação das zonas rurais ou que promovam o emprego das mulheres rurais”. Dizem que Política Agrícola Comum “é mais uma oportunidade perdida, e mais uma forma de privilegiar os privilegiados”.
Contudo, a MARP diz em comunicado que vai continuar a “acreditar e lutar pelo fortalecimento da Agricultura Familiar e dos territórios rurais que nos aproxime da Soberania Alimentar” e marca presença no 9.º Congresso da CNA, em Viseu, no dia 6 de novembro.
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