Alexandre Valentim Lourenço esteve no Hospital de Santiago do Cacém, no de Beja e nos dois centros de saúde da capital de distrito. Médicos à beira da idade da reforma e instituições a precisarem de intervenções urgentes, penalizadas por estarem longe dos grandes centros urbanos foi o que disse ter encontrado.
No Hospital de Beja ficou particularmente preocupado com a situação dos anestesiologistas e dos cardeologistas, em fase de reforma e sem possibilidade de serem substituídos. Situação transversal a muitas das especialidades deste Hospital, frisou o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.
Nos dois centros de saúde de Beja, de tipologias diferentes, Alexandre Valentim Lourenço afirma que, no caso da unidade de cuidados personalizados, o envelhecimento e a sobrecarga de utentes para os médicos de família existentes é um problema. Na unidade de saúde familiar, o excesso de trabalho e de atendimentos fora do previsto é uma preocupação. Faltam médicos de medicina geral e familiar, sublinhou, referindo que esta seria uma situação a resolver com a fixação de cinco a seis profissionais.
Consciente do facto destes territórios não serem apelativos à fixação de médicos, o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem revela que defende uma reforma estrutural, no que se refere à contratação e remuneração das pessoas que trabalham nos locais mais afastados das metrópoles. Mudanças que podem passar, entre outras, avançou, por incentivos fiscais.
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