Miguel Caleça é o porta-voz deste movimento, que acusa a autarquia de Moura de nada fazer na aldeia da Estrela, “a não ser destruir o que já existia”.
“Durante 5 anos a Câmara Municipal de Moura ignorou a existência da Estrela e agora lembrou-se que a Estrela existia para destruir um campo de futebol que lá estava e fazer um parque de caravanas para exploração de uma estação náutica”.
Este porta-voz afirma ainda que existia um cais/ancoradouro, muito utilizado por turistas, em especial por barcos que saiam da Amieira, que também foi retirado pela autarquia e recolocado junto ao paredão de Alqueva.
O movimento acusa ainda a autarquia de não promover o saneamento básico, permitindo que os esgotos corram, a céu aberto, para a barragem.
“As pessoas [cerca de quarenta residentes permanentes] estão revoltadas e com toda a razão”, refere ainda.
Uma das formas de protesto que encontraram passa pelo pedido de reunião a vários municípios com quem confinam, de forma a aferir da abertura destes municípios para mudarem de concelho.
A Radio Voz da Planície contactou também com a Associação de Moradores da Estrela que adiantou que a associação não irá comentar esta questão e que nada tem a ver com o movimento.
Tentamos por diversas vezes ouvir o presidente da autarquia, Álvaro Azedo, mas tal não foi possível. Contudo, em declarações a outros órgãos de comunicação regional (A Planície e o Diário do Alentejo), o edil critica Miguel Caleça, o porta-voz do movimento, dizendo que “um mentiroso é sempre um mentiroso”, garantindo ainda que a autarquia “tem projetos para a Estrela”, embora reconheça “que não têm andado tão depressa como gostaríamos, mas que serão implementados”.
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