No encerramento da 19.ª edição da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide (Portalegre), Luís Montenegro voltou ao tema que marcou a Festa do Pontal do partido, a meio de agosto, e na qual apresentou cinco propostas ao nível do IRS, incluindo uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, à exceção do último, que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.
“Ainda esta semana, o Estado cobrou a mais 4.500 milhões de euros de impostos do que no ano passado. A previsão era de 2.300 milhões de euros, há uma almofada, há um excedente à volta dos 2.200 milhões de euros”, afirmou.
Como o PSD calculou que a baixa de IRS que defende tem um custo de 1.200 milhões de euros, Montenegro deixou um aviso.
“Se António Costa e o PS não aprovarem esta proposta, António Costa e o PS estão simplesmente a castigar ainda mais a classe média portuguesa”, disse.
O líder do PSD antecipou até como será feita essa recusa: “Vão dizer que vão descer mais os impostos do que o PSD queria para o ano, no qual até há eleições europeias”.
“Mas isso é conversa fiada, porque a folga de que falamos é de 2023, os impostos que queremos baixar são em 2023 e há condições para o fazer de forma imediata”, disse.
Nesta matéria, apelidou ainda o primeiro-ministro de habilidoso, lamentando que, muitas vezes, esta característica seja confundida com ser “um político hábil”.
“É de um habilidoso o que ele vai fazer: não vai aceitar a proposta do PSD e vai dizer ao país que para o ano vai fazer uma ainda maior. Mas o PSD está a propor para este ano e para o ano proporá para 2024”, disse.
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