"A tutela já nos tem habituado ao anúncio de medidas a conta-gotas, mas o que mais salta à vista no elenco de medidas que foram vendo a luz do dia é o facto de nenhuma delas se destinar, diretamente, a apoiar os pequenos e médios produtores de uva que estão numa situação aflitiva", clarifica o documento da CNA. Acrescenta que "os pequenos e médios viticultores estão com a corda a pescoço. São forçados a deixar as uvas por vindimar porque não têm quem as compre e quando conseguem entregar uma ínfima parte da produção é a preços muito baixos. Mas para estes pequenos e médios produtores o Ministério da Agricultura não tem uma palavra".
"Para salvar milhares de pequenas e médias explorações vitícolas são necessárias medidas extraordinárias de apoio direto aos pequenos e médios produtores que mitiguem, no imediato, a sua enorme perda de rendimentos. E estes apoios têm de chegar aos agricultores, o mais tardar, até final deste ano", é referido também.
"A CNA deu conhecimento ao Ministério da Agricultura desta e de outras reclamações, tendo inclusive pedido, há cerca de um mês, uma audiência ao ministro para discutir a situação dos viticultores. Mas, até ao momento, nem medidas eficazes para os viticultores nem resposta ao pedido o que nos leva a acreditar que o Ministério não quer receber a Confederação porque não quer adotar medidas que aliviem a asfixia financeira e o risco de encerramento de atividade que paira hoje sobre milhares de pequenos e médios agricultores", é sublinhado igualmente.
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