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Política

Mértola: Mesquita e Espírito Santo vão deixar de receber água por autotanques

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Mértola: Mesquita e Espírito Santo vão deixar de receber água por autotanques

Foto: CM Mértola

Ontem, dia 15 de dezembro, foram assinados dois protocolos, em Faro, um dos quais entre a Câmara de Mértola, a Águas do Algarve e a Águas Públicas do Alentejo para a "construção de uma ligação ao ponto de entrega da Águas do Alentejo, na localidade de São Bartolomeu da Via da Glória, concelho de Mértola, no âmbito da tomada de água do Pomarão e tendo em vista o abastecimento de água para o consumo humano às populações das localidades de Mesquita e de Espírito Santo, bem como os territórios limítrofes".

"Falamos de uma população de cerca de 300 pessoas que, embora com bastante água, porque estão entre o Alqueva e o Pomarão, portanto têm água imensa atrás e à frente, dependiam há muito de soluções precárias, designadamente o abastecimento por autotanques”, esclareceu a ministra do Ambiente", Maria da Graça Carvalho.

O segundo protocolo foi assinado entre a Câmara de Castro Marim e a Águas do Algarve para promover a reabilitação da rede de saneamento de Castro Marim “com o objetivo de reduzir as afluências indevidas de água salobra e, assim, promover a disponibilidade de água para a reutilização pelos setores agrícolas e pelo golfe”, concluiu a governante.

Segundo Maria da Graça Carvalho está ainda prevista uma intervenção integrada nas rias e ribeiras do Baixo Alentejo e do Algarve - com financiamento do Programa Operacional Regional, no valor de 40 milhões de euros -, através da criação de duas reservas fluviais, uma no Rio Vascão, no sotavento algarvio, um dos afluentes do Guadiana, e outra na Ribeira de Odeceixe, no barlavento.

“Estas serão duas reservas fluviais importantíssimas para o nosso país”, sublinhou, acrescentando que, além disso, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em articulação com a Câmara Municipal de Mértola, no distrito de Beja, está a preparar os estudos para a renaturalização das margens do Guadiana.

De acordo com a governante, esse projeto inclui-se na reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estando a ser proposto à Comissão Europeia uma verba de 10 milhões de euros para tornar o Guadiana “bonito e renaturalizado”, não usando a sua água apenas “para fins socioeconómicos”.


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