“Já estamos em março e as famílias desesperam, por isso estas medidas são tardias e os apoios sociais anunciados limitados, deixando muitos, dos mais «vulneráveis», de fora”, começa por frisar Alberto Matos, da Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda (BE).
Acrescenta que “não se atacando a especulação no que se refere aos preços não se vai lá e as medidas acabam por ser ineficazes. Basta ver o que aconteceu em Espanha onde o IVA baixou e facilmente, e em pouco tempo, os híper e super mercados recuperaram as diferenças”. Salienta, neste contexto, que o que “é preciso é controlar e fixar preços”.
Na habitação, Alberto Matos faz referência aos apoios que são atribuídos aos arrendamentos, realçando que “mais uma vez ganha a especulação pois não se fixam preços e os valores que o Estado vai dar vão ser descontados em cima de rendas já demasiado elevadas e que os donos das casas vão voltar a subir logo que possam. Para valores abaixo dos 500, para os poucos arrendamentos a este preço existentes, as ajudas são mínimas, na ordem dos 30 a 40 euros”.
“O Governo apresenta medidas, mas sem afrontar os donos do capital, passando ao lado do essencial, ou seja, o necessário aumento geral dos salários e pensões. Só esta medida contribui efetivamente para se fazer face ao aumento do custo de vida com o qual os portugueses se têm confrontado há meses”, conclui Alberto Matos.
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