Marisa Liz dispensa apresentações e a sua voz vai muito além das canções que conhecemos, especialmente nos Amor Electro, porque para se fazer ouvir não precisa de cantar. Francisca de Magalhães Barros tem 31 anos, é pintora e cronista, e foi vítima de violência doméstica, mas o que lhe podia ter tirado a vida, acabou por lhe dar força para se tornar ativista. Lançou várias campanhas que acabaram por resultar na angariação de 50 mil assinaturas para a declaração do estatuto de vítima para crianças em contexto de violência doméstica, que acabou aprovado na Assembleia da República.
A campanha Grito de Paz 2022 que junta a cantora e a ativista, mas também muitas outras vozes, começa hoje e é um alerta e um grito de consciencialização para a utilização da violação como arma de guerra em zonas de conflito em vários países, tais como na Ucrânia; República Democrática Do Congo, Afeganistão, República Centro Africana e Iémen, cujas bandeiras serão destacadas, uma por cada semana, nas redes sociais da campanha. De acordo com o Estatuto de Roma (1998), onde estão sinalizados crimes que são considerados de genocídio, contra a humanidade ou de guerra, a violação consta no segundo "cenário", deixando de lado um número incontável de vítimas de abusos sexuais, maioritariamente mulheres e crianças, que acontecem nos outros dois contextos.
Para completar a campanha, Catarina Furtado e a sua associação Corações com Coroa, vão juntar-se a estas vozes no dia 18 de julho, por volta das 22 horas, para fazer um direto no Instagram da associação com Gustavo Carona, médico intensivista e cronista, e Raul Manarte, psicólogo humanitário, músico, fotógrafo e ativista, ambos também voluntários dos Médicos Sem Fronteiras.
"Junt@s educamos, alertamos e jamais esquecemos!", é um dos gritos de alerta desta campanha.
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