Os exames nacionais passarão a valer no mínimo metade da nota de acesso ao ensino superior e uma das principais novidades é a obrigatoriedade de realização de três exames.
A ideia, segundo o Jornal de Notícias, é manter os níveis de exigência e promover o equilíbrio entre escolas e colégios onde, nos últimos anos, houve casos de inflação de notas. Já o Público avança que a proposta prevê que as provas deixem de ser obrigatórias para terminar o secundário, mas vão manter-se para a entrada em licenciaturas.
De acordo com António de Oliveira Leite, secretário de Estado da Educação, a disciplina de Português é a candidata mais óbvia para fazer parte destes exames obrigatórios e será exigida ainda uma disciplina trienal e outra bienal.
Para a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) esta “opção significa desvalorizar, ainda mais, a avaliação contínua, desprezando a sua função fundamental que é a de assegurar a todos os estudantes as condições para superar, com sucesso todas as fases do percurso educativo
Atribuir ainda mais peso à nota do Exame é um passo atrás que contribui apenas para o aprofundar das desigualdades entre alunos, colocando mais pressão num momento da vida dos estudantes que pode correr bem ou mal.
Este sistema de avaliação em que o Governo insiste é arcaico e não dá resposta às necessidades atuais, impedindo a reflexão, o ensinar a pensar, antes impelindo para o marranço, à sorte, para um exame pontual que avalia em duas horas dois ou três anos de aprendizagens”.
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