Sendo este “um orçamento satisfatório para os partidos à direita do PS e para os socialistas”, o deputado do PCP fez questão de identificar que “não está contemplado o bem estar das pessoas, bem visível nas questão dos aumentos dos salários, o mínimo, o da função pública, bem como nas pensões”.
"Tratou-se de um processo orçamental que teve por base uma proposta que além de não responder aos principais problemas do País, constitui um instrumento de favorecimento dos interesses dos grandes grupos económicos, o que por si só é revelador do posicionamento do Governo do Partido Socialista (PS) alinhado com a política de direita. Aliás, não foi por acaso que tanto PS quanto os partidos à sua direita defenderam que se deveria aprovar este orçamento, o que revela o seu regalo com as políticas de direita contidas no orçamento para 2024.
Tendo sido opção manter o processo de OE, o PCP interveio com propostas e soluções concretas que, percorrendo praticamente todas as áreas da vida nacional correspondem à solução dos principais problemas do País", foi clarificado também.
Olhando para o futuro, João Dias sublinhou que “a população pode avaliar o trabalho de cada deputado e constatar que quantos mais forem os deputados do PCP no parlamento maior é possibilidade do distrito ver os seus projetos estruturantes concretizados”.
Deixando claro que a escolha da lista e de quem a vai encabeçar, por parte do PCP, nas legislativas 2024 está a “ser alvo de uma profunda reflexão coletiva”, João Dias frisou que está "disponível para cumprir a sua missão até ao fim" e que "as escolhas" do seu partido "serão apresentadas em breve".
No OE2024, no que se refere ao distrito, "ficaram de fora as 10 propostas que o PCP fez, nas mais diversas áreas", destacando João Dias, a da "saúde onde a ampliação e requalificação do edifício do Hospital José Joaquim Fernandes não constam. Só a ressonância magnética avança".
"Outros projetos estruturantes foram, igualmente, negligenciados, nomeadamente o aeroporto de Beja". Neste contexto, o “PCP propôs a criação de uma plataforma logística, que implica naturalmente a conclusão da eletrificação, ou seja, a modernização da linha férrea do Alentejo e do IP8, que não estão no documento".
As críticas para a falta de investimento, no OE2024, na "requalificação de estradas nacionais de que são exemplo as ligações Vidigueira - Moura, Amareleja - Barrancos, Serpa - Mértola e Mértola - Almodôvar não estão pensadas", foi, ainda, avançado.
Em suma, frisou o deputado João Dias, “foram muitas as propostas apresentadas pelo PCP para o OE2024, numa intervenção ampla e diversificada alicerçada na proximidade e no propósito de resolver os principais problemas do País, e que ficaram de fora, 10 para o distrito e 450 no total, abrangendo, essencialmente, o bem-estar, a qualidade de vida das populações e o desenvolvimento dos territórios”.
O OE2024 “passou sem que o PS fizesse grandes alterações ao documento inicial e não responde às necessidades reais das pessoas e dos territórios que habitam, que mostra o alinhamento dos socialistas com os partidos à sua direita”.
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