Um estudo da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), que será hoje apresentado, refere que os valores relativos a faltas de material básico para a atividade da USF se “mantêm elevados”, com 93,9% das unidades a registarem estas situações no último ano.
Cerca de metade dos coordenadores das USF entende que a sua USF não tem instalações adequadas para o exercício das atividades profissionais de saúde (43,8%), assumindo também não ter a possibilidade física de realizar circuitos diferenciados para doença aguda/consulta programada (68,8%), um aumento face a 2022/23 (67,6%).
Um ponto que se tem tornado cada vez mais crítico é a falta de material considerado básico para a atividade normal de uma USF - cujo fornecimento é agora da responsabilidade das Unidades Locais de Saúde (ULS).
Apesar de se ter registado uma diminuição de cerca de 10 pontos percentuais nas USF que reportam faltas de material mais de 10 vezes no ano (40,7% atualmente contra 50,2% no ano anterior), apenas 6,1% não tiveram qualquer falha e o tempo de resolução aumentou (83,7% das USF reporta agora atrasos iguais ou superiores a 48 horas).
Por outro lado, estas faltas ocorreram 10 ou mais vezes na maioria das USF da ULS Algarve (80%), ULS Tâmega e Sousa (67,9%), ULS Região de Aveiro (65%), ULS Santo António (58,3%), ULS São José (55,6%), ULS Lisboa Ocidental (53,8%), ULS São João (52,2%) e ULS Amadora/ Sintra (52,2%).
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