As metas europeias apontavam que, até 2020, pelo menos 82% da população entre os 20 e os 34 anos com, pelo menos, o ensino secundário deveriam encontrar emprego no período de um a três anos. Em Portugal, isso foi conseguido em 2022.
O dado é sublinhado no relatório "Estado da Educação 2022", divulgado hoje pelo Conselho Nacional da Educação, que faz um retrato do ensino em Portugal, dedicando um dos capítulos à qualificação e emprego.
Numa análise da relação entre os dois indicadores, o estudo mostra que, em apenas um ano, a percentagem de diplomados entre os 20 e os 34 anos com emprego até três anos após concluir o secundário ou o superior passou de 76,1% para 81,7%, o valor mais alto de sempre.
“Também as taxas de empregabilidade, por nível de qualificação, para a mesma faixa etária mostram que quem estuda mais tem maior probabilidade de conseguir um emprego”, acrescenta o relatório, que refere que a taxa de empregabilidade dos que concluíram o ensino secundário ou pós-secundário aumentou de 68,3% em 2021 para 80,1% em 2022.
As vantagens vão além de conseguir ou não ter emprego e refletem-se, sobretudo, em termos remuneratórios.
Nesse caso, e com dados referentes a 2021, o “Estado da Educação 2022” revela que um doutorado ganha quase três vezes mais do que alguém que concluiu apenas o secundário.
Os investigadores do CNE estimam que um trabalhador com o ensino secundário recebe, em média, 953 euros brutos mensais, contra 2.552 euros para um doutorado.
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