Seguem-se as pessoas negras (44,2%) ou “com pertença mista” (40,4%), de acordo com os resultados do Inquérito às Condições de Vida, Origens e Trajetórias da População Residente em Portugal (ICOT), apresentado pelo INE como um projeto estatístico inédito em Portugal.
A discriminação afetou também os desempregados (24,9%), os mais jovens (18,9%), pessoas escolarizadas (18,3%) e mulheres (17,5%), de acordo com as categorias estabelecidas pelo INE.
“Mais de 4,9 milhões de pessoas (65,1%) consideram existir discriminação em Portugal e 2,7 milhões (35,9%) já testemunharam esse tipo de situações”, refere o INE.
O grupo étnico, a cor da pele, a orientação sexual e o território de origem constituem “os fatores mais relevantes” na discriminação percebida e testemunhada, segundo a mesma fonte.
O inquérito teve início em janeiro, com vista a abranger mais de 35.000 habitações, para abordar, entre outras questões, a origem étnico-racial das pessoas que residem em Portugal há pelo menos 12 meses, e surge depois de o organismo ter decidido não incluir nos Censos 2021 uma pergunta sobre essa matéria, como pretendia a maioria dos membros do grupo de trabalho criado em 2019 pelo Governo para avaliar a questão.
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