Com as portas prestes a reabrir, é com muita apreensão que António Leandro, responsável pela pastelaria, café e restaurante Luiz da Rocha, em Beja, vê o futuro do sector e do “seu” estabelecimento que emprega 40 pessoas.
António Leandro frisa que este é um dos sectores mais afetados pela pandemia e que, nesta altura, de preparação para voltar a abrir portas, uma das medidas passa pela sensibilização junto dos clientes para que cumpram as normas de segurança.
As perspetivas não são animadoras, diz António Leandro, explicando que mesmo após a reabertura, vai continuar com cerca de 50% dos trabalhadores em layoff.
“Há dois meses que a receita é zero”, afirma António Leandro e, em termos de receitas, as expetativas também não são boas, apontando o dedo aos apoios do Estado que diz serem “muito prometidos”, mas que demoram muito tempo a chegar.
Segundo António Leandro, as diretrizes que receberam e que têm que implementar são “vagas e imprecisas”, algumas muito difíceis de serem colocadas em práticas. O responsável pela pastelaria Luiz da Rocha exemplifica com o caso da lotação das salas.
Conscientes da dimensão do “que aí vinha”, António Leandro recorda que o Luiz da Rocha fechou portas no dia 15 de março, há sensivelmente dois meses, e acrescenta que o impacto económico desta crise vai ser devastador, em particular para este estabelecimento comercial que antes da pandemia vivia uma “situação desafogada” e, agora, “ficou com uma corda ao pescoço”.
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