Em tempo de ditadura a participação das mulheres na vida política portuguesa era praticamente inexistente. Depois do 25 de Abril de 1974, a participação passou a ser mais vincada mas aquém do desejado. Em 2006 com a Lei da Paridade foram estabelecidas quotas e imposto que 1/3 das listas fosse constituído por mulheres.
Lucília Simão, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja e eleita pela CDU, já tinha tido participação ativa na aldeia onde nasceu, em dois mandatos anteriores, num deles como tesoureira e noutro como secretária.
Hoje, Lucília Simão, deixa o testemunho da sua experiência enquanto autarca, que lidera uma Junta de Freguesia. E é neste contexto que frisa ser importante a Lei da Paridade, mas dizendo contudo, que o fundamental mesmo é que as mulheres percebam que podem ser parte ativa na vida política, sem serem obrigadas a tal. Refere, também, que tem assumido este compromisso no sentido de contribuir para o território e população onde intervém, decidindo o melhor para todos.
Juvenália Salgado, preside a Junta de Freguesia de Figueira dos Cavaleiros, no concelho de Ferreira do Alentejo, já num segundo mandato, mas teve desde muito cedo, desde a sua juventude, participação ativa na vida política da terra que a viu nascer. Também integrou outro executivo, em 2009, da Junta de Freguesia que hoje lidera e não esconde que a percentagem de mulheres na política é muito baixa e que este ainda é “um mundo de calças e barba rija”.
No testemunho da sua experiência enquanto mulher autarca, eleita pelo PS, reconhece que a política é um campo onde, no caso das mulheres, ainda é preciso resistir e que embora existam ganhos significativos, alcançados nos últimos anos, em matéria de igualdade, é preciso continuar esta luta, no sentido de se evitarem retrocessos.
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