A Direção Geral das Artes (DGArtes) não contemplou a proposta da Lendias d’Encantar e a companhia contestou, no passado dia 13, em audiência de interessados, esta decisão, tal como explica António Revez, diretor artístico, identificando os argumentos expostos e dizendo que não há muita esperança que o resultado venha a ser alterado. No total a companhia obteve 75 por cento da classificação, mas considera que o somatório deveria ter sido de 83 por cento.
A manter-se esta avaliação - que a companhia classifica de “análise defeituosa” da candidatura pois “nalguns casos foi valorizado o supérfluo e desvalorizado o essencial”, estão em causa, em 2023, assegura a Lendias d'Encantar, “10 postos de trabalho, com contrato sem termo, sete novas criações e/ou coproduções nacionais e internacionais, o Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA), as edições, em papel, de oito novos textos da coleção “Novas Dramaturgias Portuguesas” e da revista “Escenários”, a única bilingue de teatro editada em Portugal, assim como dois textos da “Novas Dramaturgias Portuguesas”, traduzidos para castelhano e editados no Uruguai.
A Lendias d’Encantar avança, ainda, que “há 21 atuações, em circulação, de âmbito nacional que podem não continuar, assim como 28 de âmbito internacional, em oito países e sete curadorias, e promoção do teatro português, em festivais internacionais”.
Esta decisão, se não for alterada, vai impedir, ainda, segundo a Companhia de Teatro, “a realização de quatro atuações de grupos portugueses no Uruguai, 320 sessões de formação contínua, 26 sessões de formação temporária, 25 residências artísticas internacionais em território nacional, bem como a criação do Centro de Criação para o espaço Ibero-Americano e o Centro de Investigação para o Espaço Ibero-Americano.”
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