As críticas incidem na forma como se têm tratado os “trabalhadores das explorações agrícolas no concelho de Odemira” e frisam, estes dois partidos coligados, que o Governo “sabia perfeitamente das carências existentes nos serviços locais, especialmente no sector da saúde, repetidamente comunicadas desde 2017”, que “ignorou relatórios, exposições, moções, mas ignorou especialmente os residentes e os migrantes que aqui demandaram em busca de trabalho”, que não “foi capaz de produzir e aprovar legislação facilitadora da legalização de migrantes, mas foi incapaz de produzir legislação e alocar serviços que fiscalizassem a sua acomodação e o seu controlo sanitário”, assim como “de regular e controlar eficazmente as atividades das empresas de trabalho temporário, nem todas legalizadas, maioritariamente responsáveis pela circulação de mão de obra, entre territórios, hoje a mais exposta à disseminação do vírus.”
Acrescenta, o comunicado que “neste quadro de irresponsabilidades e incompetências, surge, como cereja no topo do bolo, a peregrina ideia de requisitar os alojamentos do ZMAR para instalação de trabalhadores migrantes em isolamento profilático, principalmente quando é sabido que o executivo da Câmara Municipal afirmou em meados de 2020 que dispunha de capacidade de alojamento para 500 pessoas que dele necessitassem no concelho.” Frisa, ainda, que “esta decisão é ainda mais condenável quando decorre após uma decisão no Tribunal de Odemira, do dia 27 de abril, na qual a Comissão de Credores acordou num plano de recuperação com a salvaguarda dos postos de trabalho ali existentes.”
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