A Comissão Instaladora da JSD Distrital de Beja lamenta “os sucedidos casos de assédio, tentativas de violação, entre outros acontecimentos de que Beja tem sido palco nos últimos tempos” e frisa que a cidade “já não é tão segura como era”.
E é neste contexto, que a JSD Distrital de Beja frisa ser necessária “uma rápida atuação da Câmara Municipal” para que a capital de distrito “volte a ser a cidade segura e pacata que anteriormente era”. Para alcançar este objetivo, a JSD Distrital de Beja sugere “a criação de uma polícia municipal”; o “aumento do patrulhamento das ruas”; o “aumento do patrulhamento da escola segura” e “palestras escolares com o objetivo de instruir os estudantes, pessoal docente e não docente a agirem em situações de risco”.
É perguntado, ainda, a Paulo Arsénio “quais as medidas que estão a ser tomadas para o combate ao aumento da criminalidade na cidade de Beja” e deixa um “apelo para que aja de forma célere para combater esta onda de criminalidade. Não agir é ser cúmplice de toda esta situação”.
Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, respondeu dizendo ter tomado “boa nota da Carta Aberta da JSD Beja” e que registou “que a questão da suposta falta de segurança em Beja já resvalou para as eleições que se seguem daqui a 4 meses”, algo que diz não compreender pois esperava que “chegasse pela via de outros partidos radicais de direita que não por via da JSD que assim opta por entrar numa deriva radical.” Acrescenta que com esta missiva dá para perceber que “a JSD age com base nos momentos das redes sociais, e não de dados concretos de que disponha, e que desconhece as competências de cada uma das polícias.” Enquanto presidente da Câmara assegura manter “a confiança na PSP de Beja, nos seus agentes e corpo de policia” que investiga e age “com base nas denúncias que lhes chegam no sentido de garantir a melhor proteção de pessoas e bens.”
Lamenta, ainda, Paulo Arsénio, que “se tente responsabilizar o presidente da Câmara Municipal de um dos municípios com menor taxa de criminalidade do país por algum pico de sensação de insegurança que a população atravessa, fruto de algumas ocorrências reais e outras por provar que nas últimas semanas têm ocorrido no concelho e com um denominador comum: responsabilizar exclusivamente a população migrante.” frisa, igualmente, que “resta saber se esta carta aberta da JSD é ou não subscrita e até apoiada pelo PSD local.”
A Voz da Planície ouviu a Concelhia de Beja do PSD, que referiu subscrever as “preocupações da Juventude Social Democrata do distrito”. José Pinela Fernandes referiu que se está “atento a estas situações que criam insegurança entre as camadas mais jovens” e que a “Concelhia concorda com a criação de uma polícia municipal.”
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