O facto de Beja não ter disponível este equipamento “traz consequências negativas para a saúde dos utentes, quer pelas longas deslocações, quer pela demora na realização dos exames e disponibilidade dos resultados”, lê-se no documento enviado à comunicação social.
O deputado do PCP eleito por Beja, João Dias, refere que Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) gasta “milhares de euros”, todos os anos, valor que representa o "equivalente àquele que é o custo de instalação do equipamento no Hospital de Beja”.
No documento lê-se ainda que esta situação levou “à perda de idoneidade formativa do serviço de radiologia da ULSBA, não podendo esta receber médicos internos para realizarem o internato médico na especialidade de radiologia”.
Em 2021 foi aberto concurso público, para aquisição e instalação do equipamento de Ressonância Magnética Nuclear no Hospital de Beja, ao qual se candidataram dois interessados: a Canon e a Siemens, tendo sido emitida a decisão de adjudicação à Canon.
No entanto, João Dias diz que a Siemens não tem interesse que o Hospital de Beja tenha a ressonância magnética, porque vai equipar o hospital privado com esse mesmo equipamento. Neste sentido, o Grupo Parlamentar do PCP quer saber que "medidas o governo vai tomar" e "porque razão não avança" com essa possibilidade, “uma vez que o concurso está concluído e adjudicado à Canon”.
João Dias, em declarações à Voz da Planície, frisa ainda que “quem estiver do lado da instalação da ressonância magnética está a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e que, por outro lado, “quem quiser defender o hospital privado” está "a criar obstáculos à instalação deste equipamento no Hospital de Beja".
Lembramos que em novembro de 2021, a ULSBA avançou que “o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, deverá ter, até ao final de 2022, o equipamento de ressonância magnética, num investimento de 1,2 milhões de euros.”
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