No final de um ano em que muito se falou das acessibilidades no distrito, foi publicada uma resolução, recentemente, no Diário do Governo, referindo-se ao troço do IP8 de Santa Margarida do Sado/Ferreira do Alentejo, incluindo a variante de Figueira dos Cavaleiros.
Esta resolução autoriza a IP a “assumir encargos plurianuais até ao montante máximo de 38 milhões de euros, disponibilizados através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), entre 2023 e 2025”.
Na resolução mencionada pode ler-se, igualmente, que "esta intervenção promove a melhoria das condições de circulação e de segurança no corredor do IP8 (EN 259) entre Santa Margarida do Sado (com ligação ao IP8/A 26, já em serviço) e Ferreira do Alentejo, através da beneficiação estrutural do ativo existente, incluindo ainda a construção da variante de Figueira dos Cavaleiros, o que permite que o tráfego de passagem não tenha de circular pelo interior da povoação".
Uma publicação que corrobora as declarações dadas à Voz da Planície por António Bota, presidente do Conselho Intermunicipal da CIMBAL, no final do passado mês de outubro, no balanço que fez da reunião que levou uma delegação da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) a Lisboa, para reunir com o ministro das Infraestruturas.
Na altura, António Bota revelou “quanto ao IP8, há um plano para que seja uma prioridade para o Governo e o compromisso de que o concurso internacional será lançado até final deste ano, princípio de 2023. Depois são precisos dois/três anos para fazer as obras, ou seja, em 2025 o mais tardar esta possibilidade estará resolvida”, dizendo terem sido estas as indicações do Governo.
No encontro entre Pedro Nuno Santos e a delegação da CIMBAL, realizado, recordamos, no passado mês de outubro, ficou claro, também, e de acordo, igualmente, com António Bota, que “ferrovia não é possível antes de 2025, devido à complexidade do processo”, referindo-se à “eletrificação do troço Casa Branca/Beja”.
Quanto à ligação, por ramal, ao aeroporto de Beja “ficará para depois, decorre o estudo e será necessário fazer antes a eletrificação da linha”, no troço identificado, foi ainda clarificado.
Para além da rodovia e ferrovia, o aeroporto foi tema, igualmente, da conversa mantida com a tutela.
As “instalações são dignas e estão preparadas para receber passageiros. Aumentar a capacidade da placa do aeroporto de Beja é preciso e este é um investimento ao qual o Governo não se opõe. Depende, contudo, da Vinci querer, ou não, concretizar esta possibilidade”, disseram os governantes à delegação da CIMBAL, de acordo com António Bota.
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