Em março, uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas fixou o dia 11 de junho como a data para assinalar um dia anual de sensibilização para o brincar.
A propósito desta efeméride, um grupo de investigadores alertou que este direito das crianças não é hoje, plenamente, assegurado.
“As crianças têm poucas oportunidades de brincar livremente, com regras criadas por elas”, considerou Teresa Sarmento, investigadora na área de Estudos da Criança e professora no Instituto de Educação da Universidade do Minho.
Um comportamento inato, disse a investigadora, quando brincam as crianças exploram, inventam e simulam situações que as vão munir de competências e aprendizagens sobre o ambiente à sua volta, sobre os outros e sobre si próprias.
Por isso, há a tendência de pensar no brincar pelo impacto no desenvolvimento e nas brincadeiras pelo seu potencial para maximizar esse desenvolvimento, mas Frederico Lopes dispensa esses binóculos e defende que “o brincar vale por si próprio”.
“Muito frequentemente, os adultos olham para o brincar muito mais centrado nos ganhos de competência e isso, de certa maneira, cria uma agenda e uma pressão sobre as crianças”, argumentou o investigador da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, que coordena também a rede portuguesa da International Play Association (IPA).
© 2024 Rádio Voz da Planície - 104.5FM - Beja | Todos os direitos reservados. | by pauloamc.com