“Quero saudar a solidariedade dos agricultores do Ribatejo e Alentejo, regiões onde o alimento para animais é pouco”, disse à agência Lusa o secretário-geral da CAP, adiantando que a “solidariedade funcionou” e que terça à tarde chegou um camião TIR com 40 fardos de 250 quilogramas, num total de 10 toneladas de alimento para animais.
E prosseguiu: “O Estado é rápido a anunciar. Promete, promete, mas é lento a agir. Nós não fazemos anúncios, mas agimos”.
No sábado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou em Torre de Moncorvo, o reforço de meio milhão de euros de apoio aos agricultores afetados pelos incêndios, para os ajudar na alimentação animal.
“Este despacho foi assinado (na sexta-feira) e atribui 500 mil euros aos agricultores afetados pelos incêndios para os ajudar na alimentação animal. Estamos também a distribuir açúcar pelos apicultores afetados, com a colaboração das direções regionais de agricultura”, esclareceu a governante na ExpoMocorvo, que se realizou em Torre de Moncorvo.
Luís Mira considerou ainda que é necessário “salvaguardar e valorizar a capacidade da iniciativa civil”, já que há "lentidão e toda uma burocracia" por parte do Estado.
Mais uma vez o “movimento associativo funciona com rapidez na ajuda”, voltou a advertir, sublinhando ainda que o “Estado é rápido a anunciar, mas a concretizar não”, além de falar da “ajuda inexistente” face à seca e à guerra na Ucrânia.
Na quarta ou na quinta-feira - dia 17 ou 18 de agosto - outro camião será enviado, garantiu à Lusa Luís Mira, realçando que este “não é um ano de abundância” para os agricultores.
O responsável da CAP enalteceu também a onda de solidariedade resultante dos donativos dos agricultores e da ajuda dos transportadores e questionou quanto tempo levará a ajuda Estatal a chegar aos que dela necessitam.
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