A indicação que foi possível obter no passado dia 4 de janeiro, data em que várias entidades estiveram na Horta das Palmeirinhas, Rua das Novas Tecnologias, no Parque Industrial de Beja, foi a de que 70 imigrantes, todos naturais da Índia, estavam sem trabalho há dois meses e com ordem para sair do espaço.
Depois da atuação da Segurança Social, do Alto Comissariado para as Migrações (ACM) e da Cáritas de Beja, acompanhados pela Polícia de Segurança Pública (PSP) no local, a partir de uma denúncia efetuada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), ficaram 30 imigrantes, que foram identificados e que estão a ser ajudados.
A Cáritas de Beja identificou os 30 imigrantes no Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social e está a fazer a entrega de géneros alimentares, muito específicos, explicou Ana Soeiro, desta instituição à Voz da Planície.
Quanto à permanência no espaço, ao que tudo indica o proprietário não deseja que os imigrantes continuem a utilizar as casas da Horta das Palmeirinhas e, não havendo forma de os realojar em Beja, a Segurança Social está a tentar, num curto espaço de tempo, até amanhã, sensivelmente, reorganizá-los em habitações espalhadas pelo País.
Dos 70 imigrantes, que se verificou depois tratar-se de 80, ficaram 30, os que estão a ser ajudados. Os restantes abandonaram o espaço por conta própria, reorganizando-se por sua conta e risco, visto que a maioria, tal como a nossa estação avançou, tinha contrato de trabalho e situação de legalização em curso.
Recordamos que a Voz da Planície acompanhou a operação e ouviu os imigrantes, todos de nacionalidade indiana, explicar que estão há dois meses sem trabalho, sem dinheiro e com indicação para abandonar as casas da Horta das Palmeirinhas, onde habitam.
Às autoridades, no local, esclareceram que pagam 80 euros por mês, apesar de não saberem identificar o proprietário. A nossa estação percebeu, pelas conversas que presenciou, que um dos patrões está preso, outro desaparecido e há um outro, que terá ido ao local indicar a saída do espaço, situação que motivou a denuncia feita na ACT.
As autoridades responsáveis perguntaram quem queria regressar à Índia e todos foram unânimes em responder que não desejavam regressar pois tinham gasto todo o dinheiro para vir para Portugal.
Foi possível perceber no local, nos imigrantes que se encontravam nas casas ocupadas, que a maioria tem manifestação de interesse para permanecer em Portugal e contrato de trabalho, o que significa que estão em processo de regularização.
À Segurança Social, ao ACM e à Cáritas de Beja pediram ajuda para ficar na Horta das Palmeirinhas e que lhes arranjassem trabalho, no passado dia 4, dia da operação que levou três entidades ao local.
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